A Coleção BEI, com o auxílio de institutos de pesquisa e de diversos artistas
indígenas, vem fazendo a identificação das madeiras utilizadas na produção dos
bancos indígenas. Aos poucos, divulgaremos os resultados da pesquisa e
informações relacionadas às arvores.
Para dar início à série, hoje falaremos da árvore Moreira, também
conhecida como Amoreira, cujo gênero científico é Maclura, e não deve
ser confundida com as árvores do gênero Morus, também chamadas
popularmente de amoreira, que são as árvores frutíferas que dão frutinhos
vermelhos.
Muito utilizada pelos povos do Xingu para fazer bancos, esta
madeira tem a cor clara amarela-alaranjada e é nativa das Américas, se
estendendo em regiões que vão do México até a Argentina, passando por muitos
estados brasileiros. Os diversos povos originários do continente deram
diferentes nomes a esta árvore: os Mehinaku (habitantes do Xingu, do tronco
linguístico Aruak) a chamam de Kapata; em Guarani, chama-se Tatajyva,
que significa “braço de fogo”; em Huastesco (língua Maia, do México) chama-se Tsitsil;
e os Zapotecas (do sul do México) a chamam de Ya-huil.
Sua altura atinge até 25 m e diâmetro de seu tronco até 90
cm. Nas sociedades não-indígenas, a Moreira é utilizada na construção civil em
vigas e caibros e também na fabricação de móveis.
Vale relembrar que o uso destas madeiras pelos povos
indígenas para a produção de bancos é feito de forma sustentável, e que as
terras indígenas hoje em dia são decisivas para a contenção do desmatamento no
Brasil.
Nas imagens, destacamos bancos dos povos Mehinaku e Aweti, ambos do
território indígena do Xingu, feitos a partir desta árvore.
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