“Os índios Tukano dizem
que o homem desajuizado não sabe se sentar, não possui um banco, não encontra
um lugar para pensar sentado.”
Explorando o significado cultural do banco para os Tukanos,
que remete à origem da humanidade, o livro “Kumurõ - banco Tukano” explica em texto
e imagem o seu processo de feitura passo a passo, desde a escolha da madeira
até a aplicação do grafismo, detalhando as especificidades técnicas envolvidas
em cada etapa.
Kumurõ, o banco tukano, faz parte da rede de trocas do
noroeste amazônico, se inserindo nas relações familiares e interétnicas.
Produzidos exclusivamente pelos homens desta etnia, são doados ou trocados por
ralos de mandioca baniwa, canoas tuyuka e bará, cestaria desana e cestos de
carga maku. O resultado é que diversas etnias da região terminam por fazer uso
deste objeto.
É particularmente interessante notar em seu processo
construtivo o uso misto de ferramentas industriais e tradicionais, como por
exemplo as lixas industriais, pedras e folhas de árvore de superfície grossa
usadas para dar o acabamento da madeira.
Com textos de Aloísio Cabalzar, o livro foi organizado pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) e pelo Instituto Socioambiental (ISA).
É possível adquiri-lo clicando aqui
Também disponível online gratuitamente neste link.
O processo de fabricação do Kumurõ também foi detalhadamente
registrado em vídeo, neste documentário dirigido por Gilberto Manea:
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