“O que chamamos de grafismo Waujá
é um universo de expressões visuais sem fronteiras espaço-temporais claramente
definidas.”
Aristóteles Barcelos Neto
No artigo “Processo criativo e apreciação estética no grafismo
Waujá” (disponível para leitura online aqui) publicado nos Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia
Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP), o antropólogo Aristóteles
Barcelos Neto oferece uma visão
a respeito do assunto através de uma análise do lugar social da beleza e da
fealdade na arte gráfica dos Índios Wauja do Alto Xingú.
Segundo o autor, na mitologia Waujá, o Kulupiene (grafismo de peixe) e outros 12 motivos gráficos foram
inventados pelo personagem mítico Arakuni.
A criação de variações gráficas destes motivos tradicionais não se dá
espontaneamente no livre gesto do artista, mas sim através de “contatos
oníricos dos xamãs visionários-divinatórios (denominados yakepá) e dos doentes graves com os apapaatai” (espíritos). Em geral, a criação dessas variações acaba sendo
incorporada no repertório coletivo.
Na entrevista abaixo, o artista Turuza Waurá conta como o grafismo
que ele aplicou no banco de Tamanduá surgiu a partir do sonho de um pajé.
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